Conheça a história de Wagner Freitas, que completa 25 anos na APAE CG

O ano de 2019 é especial para Wagner Freitas, de 32 anos. Este ano, ele comemora 25 anos na instituição que o viu crescer e se desenvolver.

Wagner tem deficiência intelectual leve e paralisia cerebral, e entrou no Centro de Educação Especial Girassol (CEDEG/APAE), aos 7 anos de idade. Lá, além de estudar e participar de oficinas, entrou para um projeto, na época, conveniado entre a APAE de Campo Grande e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em que montavam cadernos recicláveis e distribuíam para as pessoas que precisavam.

Aos 14 anos, Wagner começou a trabalhar no Instituto de Pesquisas, Ensino e Diagnósticos da APAE (IPED), local em que permanece trabalhando até hoje. Entrou como mensageiro e agora é auxiliar administrativo.

Para Wagner, a APAE representa tudo na vida dele. “Tudo o que sou hoje, devo a APAE. Aqui, eu tive a oportunidade de crescer. Sou grato por tudo que fizeram e fazem por mim, por isso, sempre que me pedem para fazer algo, eu vou de bom grado e de coração, porque a minha gratidão é enorme”, afirmou.

Muito participativo e sempre pronto para aprender, Wagner foi o 1º autodefensor da Federação das APAEs de Mato Grosso do Sul, por 02 mandatos. Participou do 1º Fórum de autodefensores do Brasil, realizado em Fortaleza – CE, no ano de 2001. A autodefensoria é um movimento desenvolvido pelas APAEs, em que os alunos têm espaço para trazer sugestões e ideias visando reafirmar seus direitos. O autodefensor é o porta-voz de seus companheiros diante a diretoria da instituição e a sociedade.

Além de trabalhar no IPED/APAE, Wagner faz atividades complementares no CEDEG/APAE, especificamente no teatro. Um artista apaixonado, que muito se dedica à dramatização. Já fez teste para figuração, na TV Globo do Rio de Janeiro e, em novembro viajará para Manaus com o grupo de Artes Cênicas da APAE de Campo Grande, finalista do XI Festival Nacional Nossa Arte das APAEs.

Wagner relembra que entrou no teatro para vencer a timidez e logo de início se identificou. “Venci a timidez e hoje me dedico a todos os papéis que recebo. Gosto de pegar o texto com antecedência para saber o que o personagem exigirá de mim”, conta.

Sobre preconceito, Wagner é categórico ao dizer que, quando é sobre a APAE ele não deixa passar, “quando falam sobre mim e percebo que foi sem intenção, relevo, agora quando falam da APAE, eu argumento sempre. Não deixo falar do lugar que me fez crescer, nem dos amigos que lá conquistei”, afirmou.

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