O Centro Médico e de Reabilitação da APAE de Campo Grande (APAE/CG), por meio de suas Oficinas Ortopédicas, disponibiliza aos usuários do SUS, próteses com componentes que possibilitam alto nível de funcionalidade e independência.
Exemplo disso, foi a entrega da prótese transfemural do membro inferior esquerdo, com contenção isquiática, feita pelos técnicos do CER/APAE, para o usuário Anderson Lopes da Rocha, de 38 anos. Ao receber a nova prótese personalizada, em julho, o usuário saiu exalando alegria e agradecido à equipe, que proporcionou mais qualidade de vida e bem-estar.
Nas redes sociais, Anderson Lopes publicou a mensagem cheia de gratidão aos profissionais do CER/APAE: “Estou de carro novo, confeccionado pela equipe da APAE/CG (oficina ortopédica). É um prazer conhecer vocês e ter o privilégio de poder usar uma perna mecânica de qualidade”, escreveu o usuário em seu status do aplicativo WhatsApp.
Anderson tem sido atendido na unidade da APAE/CG desde 2014. Desta vez, ele recebeu a prótese feita por molde gessado, encaixe provisório e encaixe definitivo – laminado com fibra de carbono. Feita por técnicos atenciosos, que personalizaram com o intuito de ajustar à personalidade do paciente, dando um toque mais humano ao processo.
“É bom saber que podemos contar com esse trabalho da APAE de Campo Grande, onde as pessoas podem receber atendimento gratuito. Recebi a minha com muita felicidade, porque se tivéssemos que comprar, não teríamos condições, por serem bem caras. Uma prótese muda tudo na vida de uma pessoa que precisa”, disse Anderson.
Por não ter mais a mesma mobilidade de antes, Anderson conta que a nova prótese é essencial para a sua qualidade de vida, pois, possibilita ir ao mercado fazer uma compra, fazer passeios em família, além de andar de bicicleta, entre outras atividades.
Aos 21 anos, no ano de 2007, Anderson sofreu um acidente de trânsito de moto, por imprudência de outro motociclista que, aparentemente estava embriagado e atingiu em cheio a sua perna. Depois disso, foram 35 dias de internação no Hospital Santa Casa na tentativa de recuperar a perna. “Fizemos tudo que tinha para fazer, não deu certo e tivemos que amputar a minha perna”, contou.
A primeira prótese utilizada por Anderson foi adquirida por meios próprios, na época, custou o valor de R$ 24 mil reais e segundo ele, não prestou.
“Sou muito grato pelo atendimento gratuito e de qualidade da APAE/CG para as pessoas com deficiência. Na instituição, nunca tive problemas e nem o que reclamar do serviço, só tenho a agradecer”, destacou.
Para a supervisora do setor de OPM do CER/APAE, a Terapeuta Ocupacional Adriana Maria de Oliveira, “profissionalmente, é muito satisfatório poder proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente, utilizando os conhecimentos científicos e tecnológicos para entregar um material adequado”, disse.
Sobre a importância da instituição para as pessoas com deficiência, Anderson enfatiza que significa tudo. “Não só para mim, mas, para as várias outras pessoas que também precisam e tem a mesma experiência que eu. A APAE de Campo Grande significa tudo. Nela, temos todo um aparato, uma preparação para colocarmos as próteses. Passamos por psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas. Sou muito grato mesmo por essa instituição ajudar as pessoas, assim como me ajudaram”, afirmou.