A judicialização em saúde pública foi o principal foco da programação da tarde do dia 08 no I Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação da Pessoa com Deficiência, promovido pelo Centro Especializado em Reabilitação da APAE de Campo Grande.
Na agenda, duas palestras, sendo uma retratando as garantias do acesso ao Direito de Saúde, que foi brilhantemente ministrada pelo promotor de justiça de Ponta Porã, Gabriel da Costa Rodrigues Alves, que utilizou em seu discurso profundo conhecimento das condições legais, políticas, sociais e culturais da sociedade brasileira e seu retrato na saúde pública do país. Para ele, “não temos que comparar nosso sistema de saúde com outros países. Devemos sim agir ao máximo para que ele funcione perfeitamente. Isto cabe em todas as esferas de poder, inclusive a sociedade com sua força no ato de votar”, afirma.
A segunda palestra do dia também retratou a judicialização, porém com o foco na gestão em saúde e suas restrições orçamentárias. Proferida pelo secretário municipal de saúde de Campo Grande, Marcelo Vilela, sua oratória foi destinada ao papel do gestor público em determinar a importância e escassez dos recursos que possui sempre pensando no bem comum. “Recebo diversas ações que determinam, por vezes, milhões de reais para atender a poucos beneficiários. Entendemos que é um direito de todos o acesso à saúde, mas com o orçamento que possuímos, não podemos priorizar poucos e deixar de atender milhares”, cita.
O Congresso teve sua abertura oficial nesta quarta, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo e continua até o dia 12 de novembro com cursos que acontecem no auditório do CER e palestras que acontecem simultaneamente na sede do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA-MS).
Para maiores informações, acesse o site apaecg.org.br/congresso